fraqueza até na face. chorar dói menos que sorrir e memórias independem do tempo, coalescem em abismos. palpitam de uma caixa-preta apagada. todo dia no vazio se enche de afastamentos. prazeres que desconheço. só anseio contra mãos que não seguram e pernas que não sustentam e olhos que não enxergam e pulmões que não suportam. forças só pras forcas. apertadas no isolamento de solidões ou multidões ou colisões, preocupação e mágoa se abraçam sem fim. se confundem.
uma farpa em cada dedo para que nenhum se livre, para que nenhuma saia, para que eu nem me mova. aperte as duas mãos na minha garganta até quebrar e ainda vou sufocar mais com o que me rasga por dentro.
o que respiro sem saber o que sinto. o que dói. não sei o limite desse vão e não posso mais continuar, ao tato à sombra de tristezas que não fecham e só sangram lembranças que não posso tocar.